Linguagem corporal. Você certamente já ouviu esta expressão. Mas você já parou para
pensar o que isto significa?
Bem, acho que quando paramos para analisar a expressão, isto fica óbvio. É a forma do corpo se expressar. E ele pode fazer isto de inúmeras maneiras. Um bom psicólogo, terapeuta ou uma pessoa bem atenta consegue entender esta linguagem quando ela é expressa em sinais externos. Mas e você, consegue entender o que seu corpo te diz?
Espantoso é perceber que na maioria das vezes não estamos realmente atentos a isto. Até que nos tornemos conscientes da nossa inconsciência com relação ao nosso próprio corpo, sua linguagem e sinais nos passarão despercebidos por diversas vezes. Isto é um reflexo de nosso condicionamento. Somos estimulados desde criança a colocar nossa atenção em objetos, situações e distrações externas e, assim, acabamos “perdendo” a conexão com nosso próprio corpo. Coloco a palavra “perdendo” entre aspas porque quero apenas elicitar uma ideia, mas que de verdade, não é real. Esta perda não é real e nunca poderia ser.
O sentido aqui é de que, com o tempo, nós desaprendemos a ouvir nosso corpo. Se é que em algum momento tivemos tempo de aprender a fazer isto. Mas não é um caso perdido. Sempre é tempo de nos “reconectarmos” a ele de novo. Estar em silêncio, em meditação, é algo que pode nos ajudar muito nisto!
Outra prática excelente para isto é a massagem. É um momento ideal em que podemos estar quietos, atentos para receber os estímulos através do toque e compreender como nosso corpo sente e responde a isto. E mesmo após a sessão podemos ainda sentir o efeito da massagem reverberando em nosso corpo. Isto pode nos ajudar a tomar consciência dos processos, sejam eles físicos, mentais ou emocionais, pelos quais estamos passando. Este é um dos grandes efeitos terapêuticos que a massagem pode nos proporcionar. É uma das melhores terapias que se tem para nos ajudar a despertar nossa consciência corporal.
Nosso corpo é um templo de mistérios e de sabedoria. Se formos analisa-lo com um olhar mais científico, nós veremos que é uma máquina perfeita. Até mesmos os cientistas concordam que é praticamente impossível reproduzir uma obra assim em laboratório. Interessante é que quando esta comunicação do corpo é bem compreendida, nós percebemos que ele é capaz de nos mostrar suas reais necessidades; o que está faltando, o que devemos evitar, o que precisamos fazer para que ele esteja em perfeito equilíbrio. E tão importante quanto compreender seu funcionamento e linguagem fisiológica é compreender também sua linguagem mais sutil. Isto pode nos levar a compreensões maiores e mais profundas, que vão além do limite do nosso corpo e mente.
Quando isto é bem entendido o que surge então é um grande sentimento de reverencia, amor, respeito e gratidão por este templo! Portanto, aquietemo-nos um pouco e estejamos abertos para ouvir o que nosso corpo tem a nos dizer!